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O profeta garantidor

 
 

 

           O profeta garantidor
                      Pe. Zezinho, scj

Tudo o que o pregador que se considerava profeta dizia terminava com: " Eu lhes garanto, em nome de Jesus! Eu lhes prometo, em nome de Jesus! Eu confio, em nome de Jesus! Eu estou dizendo, em nome de Jesus!" Parecia revestido de uma aura de incontestável certeza. Seu modo de falar era de absoluta convicção de que Jesus lhe falava e ele podia prever as coisas.

Chegou, certa vez a dizer que a diferença entre a dona de casa que não tem Jesus e a da sua Igreja é que a outra, ao preparar a comida e ver que faltava óleo, farinha e arroz, chorava, telefonava ao marido e se desesperava, não sabendo o que fazer. A da sua igreja pegava a ultima gota de óleo, o restinho da farinha e de arroz, chamava Jesus e ele multiplicava aquele pouco. O milagre acontecia nas casas de alguém da sua igreja, porque, sendo fiel, Jesus não os deixava passar necessidade.

Um dia um rapaz humilde de 22 anos, ousou perguntar ao profeta de onde ele tirava aquela certeza e o profeta disse:
- Deste livro, que me dá a autoridade que eu tenho, porque eu sigo! - Ao que disse o jovem:
- Meu pai também segue o mesmo livro e não fala como o senhor. Minha mãe o segue a 60 anos e não fala como o senhor. Eu o sigo desde criança e Deus nunca me apareceu para me dar uma certeza. Esse livro me dá fé e só isso: não dá garantia e nem certeza. Por isso, acho estranho que o senhor prometa milagres, graças, emprego e sucesso em nome deste livro.

E o pregador reagiu:
- Quem é você para me contestar? Você nem começou a viver e eu estou vivendo este livro há mais de 50 anos.
E replicou o jovem:
-Era só o que eu queria ouvir. Não irei mais às suas pregações. Vou procurar um profeta humilde que não garante nada, mas que aponta para aquele que me ensina a viver da fé. O justo vive da fé e o senhor vive da certeza e da garantia. Então só posso concluir que o senhor não é justo! Nunca mais voltou. 
                                

 

 

És um Deus   apaixonado

 

Tu és um Deus enlouquecido de amor
por nós, teus filhos e filhas, e por isso sofres com os que sofrem.

Nossos sofrimentos são teus sofrimentos! Tua paixão por nós
faz de tua vida um dom total.
És nosso eterno e mais precioso presente!

Estás sempre presente, disponível...
Em teu colo e ombro podemos chorar e dormir sempre.
Teus ouvidos estão sempre atentos - às vezes os únicos! - aos nossos clamores e lamentos. Em tua boca e em teu grito podemos gritar, mesmo quando já não temos palavras nem som:

"Porque me abandonaste?"
Em teus olhos, nossos olhos encontram lágrimas, as que jorram de teu coração traspassado.
Em teus pés, nossos pés cansados, enfraquecidos, feridos... andam.
Em tuas mãos generosas, nossas mãos abrem-se, estendem-se a outras.

Em tua cruz, és companheiro-irmão próximo dos crucificados da história.
Nossos irmãos e irmãs crucificados não estão sós nos gólgotas da vida.
Estais com eles?
És, de fato, um Deus enlouquecido de amor por nós.

Mesmo (sobretudo!) na cruz, estás apaixonadamente presente.
Por paixão, vives na e da paixão com e pelos apaixonados da história.
Em tua com-paixão VIVES SEMPRE "a cruz e o presépio foram feitos da mesma árvore"!

És Deus conosco!
Tua Páscoa é Páscoa dos crucificados!
É, também, ela, nossa páscoa!


Francisco de Aquino Júnior
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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