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Mediunidade de Jesus (4 textos)

A MEDIUNIDADE DE JESUS

Fonte: Leitura do Espírita  -  http://leituradoespirita.blogspot.com.br/

 

 

Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens.

 

É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova.

 

E segue adiante:

 

 Enaltecendo-a na inspiração junto aos doutores do Templo; 

 

 Exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná; 

 

 Honorificando-a, nas atividades da cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde; 

 

 Ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas; 

 

 Dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à frente; 

 

 Glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor,

 

E, elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza.

 

E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes, o momento inesquecível do Evangelho, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz.

 

Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que eliecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência.

 

Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe, tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana.

 

Portanto, os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso Divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus.

 

Autor: Eurípedes Barsanulfo (espírito)

 

 

 

 

DIVINA MEDIUNIDADE

 

Em nos reportando a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em JESUS, ela assume todas as características de exaltação divina (19) .

 

Desde a chegada do Excelso Benfeitor ao Planeta, observa-se-Lhe o pensamento sublime penetrando o pensamento da Humanidade.

 

Dir-se-ía que no estábulo se reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-Lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.

 

Casam-se os hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor nas vozes dos mensageiros espirituais, saudando Aquele que vinha libertar as nações, não na forma social que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem coletiva, mas no ádito das almas, em função da vida eterna.

 

Antes Dele, grandes comandantes da ideia haviam pisado o chão do mundo, influenciando multidões.

 

Guerreiros e políticos, filósofos e profetas alinhavam-se na memória popular, recordados como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e fórmulas, enunciados e avisos, em que se misturam retidão e parcialidade, sombra e luz.

 

Ele chega sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas, com a Sua magnitude moral, imprime novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao espírito, em todos os climas da Terra.

 

Transmitindo as ondas mentais das Esferas Superiores de que procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida Maior, como que a tanger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las com a sinfonia universal do Bem Eterno.

 

MÉDIUNS PREPARADORES

 

Para recepcionar o influxo mental de JESUS, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores eléctricos conjugados, para acolher-lhe a força e armazená-la, de princípio, antes que se lhe pudessem canalizar os recursos.

 

E longe de anotarmos aí a presença de qualquer instrumento psíquico menos seguro do ponto de vista moral encontramos importante núcleo de medianeiros, desassombrados na confiança e corretos da diretriz.

 

Informamo-nos, assim, nos apontamentos da Boa Nova, de que Zacarias e Isabel, os pais de João Baptista, precursor do Médium Divino, "eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão, em todos os mandamentos e preceitos do Senhor" (20) , que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, se achava "em posição de louvor diante do Eterno Pai" (21) , que José da Galileia, o varão que O tomaria sob paternal tutela, "era justo" (22) , que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, "era justo e obediente a Deus" (23) , e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no Templo de Jerusalém, por vários lustros, vivia "servindo a Deus" (24) .

 

Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contato com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível de que forneciam testemunho, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo.

 

EFEITOS FÍSICOS

 

Cedo começa para o Mestre Divino, erguido à posição de Médium de Deus, o apostolado excelso em que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra.

 

Aos doze anos, assenta-se entre os doutores de Israel, "ouvindo-os e interrogando-os" (25) , a provocar admiração pelos conceitos que expendia e a entremostrar a sua condição de intermediário entre culturas diferentes.

 

Iniciando a tarefa pública, na exteriorização de energias sublimes encontramo-Lo em Caná da Galileia oferecendo notável demonstração de efeitos físicos, com ação a distância sobre a matéria, em "transformando a água em vinho" (26) . Mas, o acontecimento não permanece circunscrito ao âmbito doméstico, porquanto evidenciando a extensão dos seus poderes, associados ao concurso dos mensageiros espirituais que, de ordinário, lhe obedeciam às ordens e sugestões, nós o encontramos, de outra feita, a multiplicar pães e peixes (27) , no topo do monte, para saciar a fome da turba inquieta que Lhe ouvia os ensinamentos, e a tranquilizar a Natureza em desvario (28), quando os discípulos assustados lhe pedem socorro, diante da tormenta.

 

Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objetiva, identificamo-lo em plena levitação, "caminhando sobre as águas" (29) , e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a falarem-Lhe de acontecimentos próximos (30) .

 

Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se, ante a expectação geral (31) e na mesma cidade, perante a multidão, produz-se a voz direta, em que bênçãos divinas Lhe assinalam a rota (32).

 

Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz.

 

EFEITOS INTELECTUAIS

 

No capítulo dos efeitos intelectuais ou, se quisermos, nas provas da metapsíquica subjetiva, que reconhece a inteligência humana como possuidora de outras vias de conhecimento, além daquelas que se constituem dos sentidos normais, reconhecendo Jesus nos mais altos testemunhos.

 

A distância da sociedade hierosolimita, vaticina os sucessos amargos que culminariam com a Sua morte na cruz (33). Utilizando a clarividência que Lhe era peculiar, antevê Simão Pedro cercado de personalidades inferiores da esfera extra-física, e avisa-o quanto ao perigo que isso representa para a fraqueza do apóstolo (34). Nas últimas instruções, ao pé dos amigos, confirmando a profunda lucidez que lhe caracterizava as apreciações percucientes, demonstra conhecer a perturbação consciencial de Judas (35), a despeito das dúvidas que a ponderação suscita entre os ouvintes. Nas preces de Getsêmani, aliando clarividência e clariaudiência, conversa com um mensageiro espiritual que o reconforta (36).

 

MEDIUNIDADE CURATIVA

 

No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de grandeza.

 

Cercam-no doentes de variada expressão. Paralíticos estendem-Lhe membros mirrados, obtendo socorro. Cegos recuperam a visão. Ulcerados mostram-se limpos. Alienados mentais, notadamente obsidiados diversos, recobram equilíbrio.

 

É importante considerar, porém que o Grande Benfeitor a todos convida para a valorização das próprias energias.

 

Reajustando as células enfermas da mulher hemorroíssa, diz-lhe, convincente: - "Filha, tem bom ânimo! A tua fé te curou". (37) Logo após, tocando os olhos de dois cegos que lhe recorrem à caridade, exclama: - "Seja feito, segundo a vossa fé." (38)

Não salienta a confiança por simples ingrediente de natureza mística, mas sim por recurso de ajustamento dos princípios mentais na direção da cura.

 

E encarecendo o imperativo do pensamento reto para a harmonia do binómio mente-corpo, por várias vezes o vemos impelir os sofredores aliviados à vida nobre, como no caso do paralítico de Bestesda, que, devidamente refeito, ao reencontrá-lo no templo, dele ouviu a advertência inesquecível: - "Eis que já estás são. Não peques mais, para que te não suceda coisa pior." (39)

 

EVANGELHO e MEDIUNIDADE

 

A prática da mediunidade não está somente na passagem do Mestre entre os homens, junto dos quais, a cada hora, revela o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja em se dirigindo aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, mas também na equipe dos companheiros, aos quais se apresenta em pessoa, depois da morte, ministrando instruções para o edifício do Evangelho nascente.

 

No dia de Pentecostes, vários fenómenos mediúnicos marcam a tarefa dos apóstolos, mesclando-se efeitos físicos e intelectuais na praça pública, a constituir-se a mediunidade, desde então, em viga mestra de todas as construções do Cristianismo, nos séculos subsequentes.

 

Em Jesus e em seus primitivos continuadores, porém, encontramo-la pura e espontânea, como deve ser, distante de particularismos inferiores, tanto quanto isenta de simonismo. Neles, mostram-se os valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, na qual os regulamentos divinos, em todos os mundos, instituem a responsabilidade moral segundo o grau de conhecimento, situando-se, desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras.

 

O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus-Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.

 

André Luiz

FONTE: Livro "Mecanismos da Mediunidade"

Espírito: André Luiz

Médium: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

Editora: FEB - 21 ed. 2002, Rio de Janeiro, p.181-188

 

 

 

Mediunidade em Jesus

 

A Génese (p.293 e 294, FEB, 12. ed.), anota Allan Kardec, com referência aos fenómenos da mediunidade em Jesus:

 

"Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-Lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento, de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era Ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, Ele era Médium de Deus." - (Nota indicada pelo autor espiritual.)

Fonte: Nascer Várias Vezes - http://www.nascervariasvezes.com/

 

 

 

Porque, no caminho de Emaús, seus discípulos demoraram tanto para descobrir que aquele homem com quem viajavam e conversavam era Jesus?

 

 Fonte: site Jesus Cristo, perguntas e respostas

http://www.rmesquita.com.br/vintequatro.htm

 

 

O fato: Era domingo. Jesus já havia ressuscitado e aparecido para as mulheres nesta mesma manhã. Mas ninguém acreditou nelas, nem quando viram o túmulo aberto e sem o corpo. Dois discípulos do Mestre voltavam para suas casas em Emaús desiludidos com a morte na cruz Daquele que eles acreditavam que seria o libertador do país. Caminhavam e conversavam sobre suas desilusões. Num determinado trecho da estrada um homem se junta a eles e pergunta sobre a conversa. Eles não reconhecem Jesus e contam-Lhe os acontecimentos. E Jesus responde: "Como vocês custam para entender...". Então Ele explica didaticamente tudo o que estava acontecendo; a morte, ressurreição, profecias, etc. Os dois escutam admirados, mas não reconhecem o Mestre. Note bem: eles são seus discípulos e não O reconhecem. Caminham quilômetros juntos (Jesus havia tido seus pés dilacerados na crucificação). Ao chegarem em Emaús convidam o homem para entrar. Eles vão jantar. Somente quando Jesus divide o pão é que eles se apercebem de que é o Mestre. Ele, então, desaparece de suas vistas.

 

O "corpo espiritual": Neste relato encontramos algumas características do corpo de Jesus após a ressurreição. Não era um corpo normal como o que tinha antes da morte. Este corpo, que ficou conhecido como "Corpo Espiritual", possui características físicas especiais:

 

a) Seu rosto muitas vezes possuía traços diferentes. Várias vezes as pessoas O reconheciam pela voz, gesto ou quando Ele "aparentemente" tomava uma feição mais próxima ao Seu corpo em "vida".

 

b) Ele podia aparecer e desaparecer imediatamente.

 

c) Podia entrar em lugares onde a porta estava fechada.

 

d) Ele mostrou à Tomé os furos dos pregos em seu corpo, mas mesmo assim caminhava quilômetros normalmente.

 

e) A fim de provar que tinha um corpo, comeu e bebeu com os discípulos e permitiu que eles O tocassem.

 

f) Este corpo espiritual obedecia a Sua vontade. Ele desapareceu da vista dos discípulos em Emaús  no momento que considerou adequado.

 

Aleksandr Mien diz a respeito deste tema: "A expressão de Paulo "corpo espiritual" é de fundamental importância para compreender o mistério da Páscoa. Ela quer dizer que ... aconteceu uma vitória do Espírito ...: a carne não foi aniquilada; ela adquiriu uma nova forma, mais elevada, de existência. A pedra da cripta só foi removida para que os apóstolos pudessem ver que o sepulcro estava vazio, que Jesus Cristo agora não conhecia mais limites e barreiras. Atravessando a agonia da morte, ele adquiriu, de modo para nós incompreensível, uma corporalidade espiritual. Paulo fala dela como um grau superior do ser, destinado a todos os homens ..." (Jesus, Mestre de Nazaré pág. 292) 

 

Qual é o mistério deste corpo espiritual? Allan Kardec acredita que ele seja a manifestação do perispírito. Quando morremos, o espírito continua vivo. E continua acompanhado de uma parte material, composta de fluídos mais sutis, que é o perispírito. Jesus, um espírito altamente evoluído, teria a condição de manipular a matéria  de tal forma que Seu perispírito se tornaria visível. (Quem se interessar mais pelo tema pode estudar no Livro dos Médiuns, caps  1 a 8)

 

Este aparecimento de Jesus após a morte foi uma das partes mais importantes de Sua vida. Pois foi neste momento que Seus discípulos entenderam a realidade do mundo espiritual, as conseqüências morais dos Seus ensinamentos e que a vida continua no além morte. Com estes conhecimentos, eles finalmente puderam entender os ensinamentos do Mestre.

 

Jesus foi uma criatura muito especial, é por isto que aconteceram coisas especiais com Ele. Se Ele conseguiu realizar tantas proezas quando vivo, muito mais coisas Ele poderia realizar como um espírito livre das amarras do corpo. É por isto que acreditamos que Ele seja o espírito mais perfeito que já habitou nosso planeta.

 

A conclusão: O corpo espiritual de Jesus possuía algumas características diversas de um corpo normal. O que algumas vezes dificultava sua identificação.

 

A visualização do corpo e sua consistência física dependia da vontade de Jesus que conseguia controlar a matéria sutil. É por isto que o mesmo pôde simplesmente desaparecer quando assim desejou.

 

Temos muito ainda o que aprender sobre estes fenômenos que acompanharam a vida do Mestre. Porém, eles são de importância central no entendimento de Sua mensagem. Jesus ensinou praticando e mostrando O Caminho.

 

 

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