Fui traído.
Fui traído. Uma horrorizante desgraça. Uma ecumênica tragédia. O sol que brilhava intensamente no firmamento, de repente, foi obscurecido por perversas e betúmicas nuvens que agora aterrorizam o coração. Talvez a dor mais forte desta aleivosia nasça do fato de que a quebra de fidelidade não foi ocasionada por outrem, mas sim por um daqueles humanos momentos onde o fogo do desejo momentâneo parece derrubar a muralha dos valores pessoais e, quase como uma irrefreável força, tornei-me vítima de minhas próprias fraquezas. Um escravo aprisionado por correntes pessoais. Um energúmeno que, desatencioso, tropeçou em seus próprios cadarços. O sofrimento se acentua porque não posso transferir a responsabilidade de meus errôneos atos para ninguém, seja amigo, cônjuge, sociedade, cachorro, rio ou oceano. A acariação será individual, defensor e acusador, réu, testemunha e juiz neste individual tribuno. Estou seguro que cicatrizes permanecerão deste leviano ato. Mas espero que sirvam de lembrança e referência para futuras escolhas, pois cada desfalque na integridade da essência é um desmoronamento que fragmenta e deteriora a unidade individual. Trair a si mesmo é sempre a mais funesta de todas as traições. (Tadany – 17 05 11)
PS: Para citar este texto:
Cargnin dos Santos, Tadany. Pensamento 843. www.tadany.org ®
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