A PRÁTICA DO BEM

A PRÁTICA DO BEM

 

 

 

De uma forma simples, podemos avaliar se estamos praticando o mal verificando se nossos pensamentos, palavras e atos estão provocando dor em alguém em algum grau, seja esta dor física, psíquica, moral ou emocional.

 

Quando pensamos em dor logo imaginamos a dor física tão somente, mas existem formas mais sutis de se provocar dor em alguém. Por exemplo, a maledicência, a fofoca que gera estragos relativamente menos evidentes, contudo, tem um grande efeito nefasto e cria um efeito cascata afetando mais de uma pessoa normalmente. Curioso que a mídia atualmente tem estimulado esta prática e a trata como se fosse uma coisa inocente, banal.

 

Falar mal de alguém já é uma forma de causa dor em alguém. Muitas vezes, estamos provocando o mal sem nos darmos conta, mas seja lá como for, os danos são efetivos e a falta de consciência em relação a nossa participação em sua existência não nos exime da responsabilidade por ele.

 

A questão nos obriga a uma reflexão e é fácil constatarmos se estamos sendo, de alguma forma, agentes do mal, seja em que nível ou grau, é se estamos causando dor em alguém.

 

Estes questionamentos são fundamentais para fazermos todos os dias, em todos os momentos, em todas as nossas atitudes.

 

Até mesmo a omissão, quando alguém necessita de nossa assistência e ajuda e nos negamos ou fingimos desconhecer as necessidades deste, estamos deixando o mal se proliferar com a nossa indiferença.

 

Se, por exemplo, não podemos falar bem de alguém, então, devemos nos abster de qualquer comentário que reforce o contrário. Assim, estaremos evitando a proliferação do mal em todas as suas formas.

 

Como sabemos, só podemos combater o mal praticando o bem. Ou seja, só podemos falar de alguém, por exemplo, se for para falar bem. É desta forma, que estaremos contribuindo para um mundo melhor, mais harmônico e construtivo.

 

Não podemos mudar ninguém, então, só nos resta mudar a nós mesmos e será o nosso exemplo que afetará as pessoas positivamente. Bom lembrarmos sempre da Oração de São Francisco.

 

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

 

O nosso mundo só melhorará através da prática do bem e devemos começar esta mudança vigiando e orando para os nossos pensamentos, palavras e atos. Para começar, devemos eliminar nossas barreiras sociais, raciais, políticas, religiosas e sexuais.

 

Hideraldo Montenegro

 

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