Cecília Meireles, com o poema Canção, estará no Papel no Varal, dia 10/7, Maikai

Nossa nova equipe de produção, coordenada pela Marianna, está trabalhando para que o Papel no Varal, no " Em Maceió Chove Poesia", seja bem legal. As informações estão sendo passadas por vários meios: facebook (http://www.facebook.com/pages/Papel-no-Varal/122423804491038), twitter (@papelnovaral e @ricardocabus) e blog cacosinconexos.blogspot.com. Também pode-se pegar informação pelo 82-8135-5990 (das 9h às 20h). 

As reservas de mesa podem ser feitas pelo e-mail reservas@lumeeiro.org. Destacamos que a reserva só é válida até às 20h do dia do show e que a localização da mesa é definida pela ordem de chegada. Há possibilidade de reserva de individuais, em mesas coletivas. As vagas são limitadas e a procura tem sido grande, quem quiser garantir um local sentado é bom reservar logo. 

Desde nosso último evento, estamos solicitando a doação de livros para um novo projeto que pretendemos lançar em breve. Embora voluntárias, esperamos que as doações sejam significativas. Aceitamos qualquer livro, de qualquer gênero (na dúvida, escolha poesia), em condições de uso. 

Além de muita poesia, 100 poemas no varal, teremos a música de Wado, cujo trabalho mais recente (Samba 808) pode ser baixado gratuitamente em http://wado.com.br. Ele estará acompanhado de Dinho Zampier (sintetizadores) e Vitor Peixoto (guitarra).

Falando em poesia, quem estará conosco será a Cecília Meireles com o poema "Canção", que vai em seguida. 

Sejam bem-vindos.

Ricardo Cabús

Cecília Meireles

Canção (1)

Pus o meu sonho num navio

e o navio em cima do mar;

- depois, abri o mar com as mãos,

para o meu sonho naufragar

 

Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas,

e a cor que escorre de meus dedos

colore as areias desertas.

 

O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo

meu sonho, dentro de um navio...

 

Chorarei quanto for preciso,

para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo

e o meu sonho desapareça.

 

Depois, tudo estará perfeito;

praia lisa, águas ordenadas,

meus olhos secos como pedras

e as minhas duas mãos quebradas.