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Da produção do belo à vaidade destruidora

Da produção do belo à vaidade destruidora


O belo faz parte da vida.
É uma das formas do ser humano sair de "dentro de si" e se envolver com o mundo (1).
O ser humano foi planejado para produzir o belo,
cada um segundo suas habilidades.
A minha, suponho, é escrever e estudar.
Por isto escrevo e estudo, para poder ofertar algo melhor.
Se cada escrito produzir uma gota de verdade e consciência,
mais colorido estará o mundo onde vivo.
O belo surge, portanto, da abertura de cada um para a vida,
a vida tal qual cada um tem, segundo suas potencialidades e habilidades.
O belo surge do se desenvolver e se revelar.
Quem se revela e esforça para ofertar, será visto.
Será observado, todos saberão o que há dentro de você.
A boa vida é carregada de ofertas.
Ofertamos o que somos, portanto ofertamos quase sempre as mesmas coisas.
O que somos se mantém por longo tempo, principalmente o positivo.
Se alguém desenvolve o carinho,
irá ofertar o carinho por longos anos - assim viverá melhor.
Esta será sua beleza, será seu belo.
O belo que de ti emana te fará usufruir e viver melhor.
Mas, não somos somente habilidades, qualidades e nobrezas.
Em nós habita o limitado, o medo, a insegurança.
Nada disto combina com o belo.
Nada disto combina com a postura da natureza,
que toda tarde dá o mesmo show, na mesma praia, com o mesmo sol.
Tenha público ou não, gostem ou não, lá está ela se exibindo
e mostrando quem ela é.
Ela se revela no belo e se mantém na oferta,
e na espera, pois em algum momento haverá quem a contemplará.
Ela se entrega e abre mão do controle e da segurança.
Eu, que escrevo este texto, assim também faço:
não sei quem lerá,
não sei se gostará,
mas sei que ele estará a espera de alguém a quem ajudará.
E isto anima minha alma:
ser útil e transmitir o que aprendi.
Só posso produzir o belo segundo o que sou e se ofertar.
O belo só existe onde há oferta.
Mas, a natureza tem milhões de anos de sabedoria.
Nós ainda estamos no meio da caminho
para a sabedoria que nos torna fortes.
Pouco sábio, o ser humano tem medo de ofertar o que ele é.
Ao ofertar a insegurança se apresenta.
O medo do julgamento e o receio de ser desprezado assusta a maioria.
É humano, mas é a porta do sofrimento.
É a porta da vaidade aberta.
É a porta do orgulho escancarado.
Começa pequeno e termina dominando.
Para se defender do medo e do receio de se mostrar/revelar
primeiro passo é se esconder,
ser o que é dito e falado por todos.
Copiar, mimetizar, seguir...

Deixar de produzir e se revelar, para ser o ESPELHO.
Deixar de produzir o belo para comprar o belo,
ou imitar o belo.
O belo não é mais a oferta,
mas o esconderijo.
É como se a pessoa dissesse:
"o que sou ninguém sabe, pois não oferto,
eu consumo.
Sou consumidor e imitador.
Me esforço muito para me esconder de mim mesmo
e de vocês.
Sou tudo que você proporem e me mandarem.
Jamais mostrarei o que há em mim,
que não seja através da cópia".
Outros dirão:
" o que sou é pouco,
rirão de mim".
Alguns terão preguiça de serem eles mesmos.
Outros não terão disciplina ou paciência.
Cada pessoa entregue ao medo de ser ela mesma
é mais uma que parte para a cópia.
Sentem segurança em copiar.
Sentem segurança em serem iguais.
O que é habilidade pessoal tem permanência,
o que é cópia tem duração limitadíssima.
O próprio vazio interno não permite a cópia duradoura.
Tal qual perereca pulam de um lado para o outro,
segundo o que seu desejo lhe orienta para imitar.
Estes pouco ofertam,
pouco evoluem,
vivem semi-conscientes.
Alguns deprimem, outros se afundam no medo ou no pânico,
outros criam dependência afetivas, financeiras;
a imensa maioria vive uma existência pobre.
Então, a vaidade ocupa um espaço enorme.
O espaço que era para vir da oferta,
a oferta torna cada um diferente.
A cópia torna todos as pessoas copiadoras mais parecidas.
Vem a vaidade, vem a mentira, vem a enganação,
vem a amizade pobre, o companheirismo que não resiste ao vento,
vem a mesquinhez, e a vontade de se comparar e julgar o outro.
Tudo ampliado pela vida empobrecida.
Produzir o belo e ofertar amplia nossa vida,
e nosso lado negro e medroso não pode nos dominar.
Como diz o poeta: sua sombra não será mais capaz de ocultar o seu sol.
Produza o belo! Produza-o para que a vaidade não te domine.
Produza-o com paciência, com verdade e dedicação.
Produza-o como oferta do que você é
e em benefício de todos.



(1) Se envolver com o mundo, o real, é a função básica da vida humana.


OBS: a cópia produz negatividades em série. Só assim a mente da pessoa consegue gostar de algo hoje e desgostar amanhã.  Esta negatividade é a essência da vaidade. O desejo de cópia é tão grande, que a pessoa não pensa duas vezes em matar uma parte sua que gosta de algo. De morte em morte, a pessoa fica insensível, portanto mais impulsiva, mais egocêntrica, menos tolerante à frustração e com menos capacidade de desenvolver vínculos afetivos.

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Regis Mesquita
Campinas - SP 
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