Sabemos que a ansiedade é um estado   emocional ligado ao futuro. Isto ocorre por que não há nada no presente que   garanta o futuro. Por este motivo há uma incidência, cada vez maior, de pessoas   vivendo no limite dos seus recursos internos. A ansiedade já pode ser   considerada uma epidemia, o problema é que ela passa desapercebida, pois já se   tornou um estilo de funcionar da grande maioria.
Nas empresas isso é preocupante na   medida que o contagio acontece silenciosamente. De forma inconsciente vamos   absorvendo o modo de funcionar dos colegas, gerentes, diretores, clientes,   consultores, fornecedores, enfim, de todas as pessoas envolvidas nos processos   operacionais. Suas ações e atitudes, poderão gerar   ansiedade, aumentando o desconforto geral.
Existem casos em que provocar a   ansiedade em algum setor poderá ser positiva, pois provocará mudanças individuais fruto da ruptura de paradigmas que a empresa está   se propondo. Porém não podemos manter este estado emocional por muito tempo,   pois ele desencadeia problemas como: dificuldade de relacionamento, perda de   comprometimento, desânimo, solidão, em alguns casos até pânico, fruto da   incerteza do depois.
Imagine uma empresa, vivendo sua   rotina diária, onde grande parte dos colaboradores são   movidos pela incerteza do amanhã. O que acontece é que fisicamente eles   estarão dentro da empresa, porém emocionalmente não. Não aprendemos na escola   como trabalhar a ansiedade, como evitar que sejamos vítimas ou que vitimamos   quem nos cerca.
Pergunto, qual a dedicação, o   empenho, o comprometimento e principalmente o grau de motivação de times   ansiosos?
A voz interna do ansioso   questiona:
- Até quando vão me segurar aqui ?
- O que será de mim amanhã?
- Vale a pena minha   dedicação e esforço?
Para que possamos impedir o avanço   desta epidemia devemos observar as nossas atitudes diárias, o nosso   posicionamento frente as incertezas, o nosso diálogo   interno em relação ao futuro e principalmente, analisar como o meu jeito de   funcionar está afetando a coletividade.
Vai depender de cada um, o combate a   esta epidemia. Afinal:
Podemos ser doença ou cura. A   escolha é nossa.
Gilberto Wiesel







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