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Na Padaria do Povoado





Na Padaria do Povoado 

Na padaria da esquina, no centro do povoado 
Um deleitoso e convidativo aroma atraía os viandantes 
Que quando nela adentravam sentiam seus olfatos apaixonados 
Onde o ser era o amado e as guloseimas eram os amantes 

E o caixeiro que, por primeira vez, deliciava-se naquele recanto 
Sentiu-se compelido a conversar com o prazenteiro padeiro 
E perguntou-lhe: - De onde provém todo este enigmático encanto 
Que fascina as crianças, as damas e os cavalheiros? 

E o jovial anfitrião abriu um inocente sorriso antes de responder: 
- É tradição de nossa família inserir felicidade nos ingredientes 
Untar a massa com as inebriantes moléculas do amanhecer 
E assar o alimento sob o calor de labaredas de paixão ardente 

E o viajante, exaltado com a inesperada resposta, indagou curiosamente: 
- Deveras esta original receita não se encontra em qualquer fornecedor 
Mas grato seria, se pudesse saber, onde encontrar estes produtos sencientes 
Que são excelentes ao paladar e ao coração incomparavelmente encantador? 

Então o Senhor, cuja aparência enunciava uma singela satisfação 
Contestou: - A felicidade, adquirimos do olhar de nossos clientes 
O amanhecer é a esperança que cada ser carrega dentro de seu coração 
E a paixão é a fé daquele que, por seus sonhos, está sedente 

E prosseguiu – Inconscientemente, cada pessoa que nos visita 
Deixa refletir nas gulodices, o mais puro e sublime de sua natureza 
E por mais que para ela, tais pérolas pessoais, pareçam uma incógnita 
Quando ela cruza nossa porta, elas brilham com surpreendente leveza 

Surpreso, o visitante em silêncio, percorreu com os olhos, cada detalhe da padaria 
Admirou a minúcia de detalhes e cores dos variados pães, o brilho dos doces suculentos 
A serenidade rústica das prateleiras, a sutil singeleza das esquadrias 
E, novamente, aquele atraente aroma que permeava todo o ambiente 

Então, como se estivesse vendo sua essência num lúcido e natural momento 
Ele sentiu seu coração pulsar com toda sua virtuosa energia 
E não encontrou palavras para descrever seu agradecimento 
Pelas propriedades que nele havia manifestado aquela singela padaria 

E o espirituoso hospedeiro, acostumado com tão belas manifestações 
Coligiu algumas delícias e as entregou ao entusiasmado comprador 
Que partiu do povoado com a alma repleta de inesquecíveis recordações 
E com a sensação de que naquela padaria, ele havia encontrado com o Senhor. (Tadany – 25 06 08) 

PS: Para citar este Poema: 
Cargnin dos Santos, Tadany. Na Padaria do Povoado . www.tadany.org ® 





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