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Aprendizagem antes do nascimento: pintinhos e seres humanos

Aprendizagem antes do nascimento: pintinhos e seres humanos


blog Psicológico fez uma postagem muito interessante sobre aprendizagem de pintinhos antes de nascerem. Após o texto, coloco algumas considerações sobre seres humanos.

"Para você entender esta pesquisa primeiro preciso deixar uma coisa clara: pintinhos não gostam de morango. E já nascem não gostando. Curioso, né? Sneddon & cols (1998) também acharam, e queriam descobrir se podiam fazer algo para mudar isso...

Os pesquisadores pegaram vários ovos de galinha e os dividiram em quatro grupos. Entre o 15º e o 20º dia de incumbação os pesquisadores liberavam um aroma de morango ao redor do ovo, esfregavam uma pasta de morango ao redor do ovo ou injetavam o aroma no ovo em um espaço de ar.

Dois dias após o nascimento dos pintinhos, era feito um teste de preferência: eles eram colocados em uma caixa com aroma de morango em um lado e não no outro. Além disso, tinham à sua disposição água com gosto de morango e água normal. Como esperado, os pintinhos sem exposição ao morango não ficavam na parte com aroma de morango nem bebiam a água com gosto.

No entanto, os pintinhos que foram expostos ao morango mostraram uma preferência (ou menos aversão) ao morango. Eles beberam mais água com sabor de morango e passaram mais tempo em uma área com aroma de morango, principalmente os que tiveram o morango aplicado à casca do ovo.

Se um pintinho pode mudar suas preferências "inatas" durante a fase embrionária, imaginem seres humanos na barriga da mãe. Sem dúvida o que ela bebe, come, cheira e sente deve influenciar seu bebê – o que me deixa ao mesmo tempo fascinado e assustado! Quando começo a pensar em gestantes que usam drogas então…"

Comentário:

Todo ser vivo, independentemente do grau de consciência tende ao aprendizado. Plantas agem assim também, só que de forma muito mais lenta e sutil. O aprendizado é uma das características da vida, pois a vida está sempre em transformação, seja por ação das mutações, do meio ambiente, etc.

A "força interna" dirigida ao aprendizado tem como finalidade manter o ser vivo e garantir a perpetuação da espécie. Este é um conceito evolucionista que não é plenamente compreendido pelos biólogos, etólogos e psicólogos.

Vida é movimento e é continuidade.

O feto humano também aprende. Aliás, a parte mais importante da gestação é justamente capacitar o cérebro para funcionar e assim permitir que a consciência se forme e aprimore ao longo da vida, ou melhor das encarnações.

A gestação é um momento de intenso aprendizado. De um lado há a expressão genética que conduz a formação do corpo. De outro há as vivências rotineiras da gestação (aceitação ou não, tipo de pensamentos, sentimentos, conflitos, etc). Cada uma destas vivências são estímulos para a mente/corpo do feto que está se formando.

A ciência convencional está começando a aceitar a profunda influência das experiências intra-uterinas na formação da mente do bebê.

Todavia, há um grande passo a dar: reconhecer que este feto nasce com muito mais recursos e características "pessoais" do que se acreditava anteriormente.

Vejamos: quando o pintinho foi estimulado, houve um aprendizado. O estímulo foi ambiental e atuou sobre a predisposição genética da espécie. Um termo que ajuda a explicar este aprendizado é a epigenética: a "experiência de vida" moldando o corpo e a genética. O que nos interessa é que este pintinho teve COMO processsar estas informações e gerar um aprendizado (algo novo, não programado).

O ser humano, na sua fase intra-uterina, também tem mecanismos de aprendizados. Estes são menos conhecidos da ciência convencional, pois suaabrangência é muito maior e o cérebro ainda não está plenamente formado.


Uma mãe, por exemplo, discute com o pai sobre dificuldades financeiras e gastos irresponsáveis do dinheiro. Ela está grávida de um feto de 2 meses e ele receberá todos os estímulos referentes à discussão. Hoje, através das técnicas de regressão, sabemos que o feto pode ser TREMENDAMENTE influenciado por episódios como este.

O estímulo chega até o feto através de sons, vibrações e reações corporais involuntárias da mãe e ele responde ao estímulo.

Através das regressões em dezenas de milhares de pacientes, descobriu-se que esta resposta dependerá do tipo de memória gravada no espírito deste pequeno ser humano (além, é óbvio, da genética, do corpo e outros).

Ao receber o estímulo externo, as memórias do espírito são dinamizadas. E a resposta terá tudo a ver com estas memórias.

A resposta será fundamental para a formação do corpo e a mente, ajudando a formar as bases da personalidade e deixando várias "marcas" no funcionamento corporal.

No exemplo da briga financeira, o feto recebe esta informação e não tem como processá-la. "Busca" referências na memória do espírito. Lá pode, por exemplo, encontrar uma memória de fome, consequência de comportamento perdulário. Neste momento, temas como fome, miséria, desregramento financeiro, medo, inseurança podem criar um vínculo dentro da mente do feto. Este é exatamente o caso de uma mulher de 25 anos, obesa e ansiosa. Sua mente processou a informação da briga dos pais trazendo memórias (informações, sentimentos, sensações, etc) que estavam presente na sua história como espírito.

Esta mulher ansiosa processou o estímulo desta forma por causa de sua memória de encarnações passadas. Seu irmão não processou igual, pois seu corpo, sua genética e suas encarnações passadas foram diferentes.

Portanto, pintinhos aprendem dentro do ovo. Seres humanos aprendem dentro do útero. Aprender é evoluir.



Leia também:

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Regis Mesquita
Campinas - SP  


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