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Divórcio. Algumas Evidências!



  • Divórcio. Algumas Evidências! | 04/11/2011


    O divórcio é, normalmente, o último refúgio, ou a última ilha, que um casal decide ancorar depois de navegar por um longo, turbulento e desagradável oceano de promessas, expectativas, tentativas e frustrações. Ele é o derradeiro abrigo porque, em realidade, terminar um relacionamento é extremamente desgostoso, desconsolador e doloroso e, portanto, as pessoas fazem o possível, dentro de suas capacidades, para manterem uma harmônica união.

    Mesmo assim, apesar de um inerente desejo humano de construir um lar, no transcurso das últimas décadas, o número de divórcios, principalmente no ocidente, tem chegado à níveis nunca dantes observados, os quais tem sido, frequentemente, objeto de discussões organizadas por várias instituições que formam a sociedade, as quais almejam entender um pouco mais sobre este real, mas indesejável, fenômeno.

    Assim sendo, para um mais amplo entendimento deste fato é inevitável discorrer sobre os valores que prevalecem em diferentes sociedades, por exemplo, anteriormente foi mencionado que no ocidente, em geral, o divórcio acontece com mais frequência que em muitos países do oriente. Então, porque isto acontece?

    Sob uma perspectiva social e valoral, nos países ocidentais existe mais liberdade individual, assim como existe menos tolerância, o que é uma decorrente natural, pois quanto mais a liberdade individual é enfatizada, ou seja, quanto mais uma pessoa auto-afirma a sua individualidade, menor é a sua capacidade de aceitar a diversidade proveniente das diferenças que existem e, portanto, tolerar o que é lhe é dissimilar.

    Basicamente, cada indivíduo no ocidente, mesmo inconscientemente, auto-afirma a sua individualidade dentro do próprio relacionamento e, consequentemente, limita a sua própria capacidade de aceitar a outra pessoa como ela realmente é ou de tolerar as diferenças em prol do benefício mútuo, ou seja, a pré-disposição de ceder, ou mudar, para que o relacionamento seja exitoso é bem mais restrita, assim como uma perene e distinguível aspiração de impor sua própria vontade sobre o(a) parceiro(a) pode ser visualizada nas pessoas.

    Por outro lado, sob um perspectiva geral, no oriente existe menos liberdade individual, isto é, as pessoas prezam mais o benefício coletivo do que o êxito próprio e, como consequência, são naturalmente mais preparadas para aceitar, ou suportar, certas divergências para que a engrenagem social permaneça estruturada e sólida, ou seja, existe uma ingênita e mais enfática pré-condição de tolerar as dissimilitudes pessoais em prol do benefício comunitário e, portanto, as pessoas desenvolvem uma inata inclinação à ceder de seus anseios pessoais para que o relacionamento seja mais harmônico, próspero e satisfatório.

    Além disso, independentemente de ser no ocidente, ou no oriente, a atitude que leva uma pessoa à casar-se é o fator mais importante na materialização do relacionamento, ou seja, se o desejo de viver sob o mesmo teto é mútuo, genuíno e amoroso, a probabilidade de que, ambos, darão o melhor de si para construírem um lar é geometricamente maior.

    Por outro lado, se uma das partes possiu algum plano de casar-se com o intuito de atingir algum objetivo por meio da outra pessoa, isto é, a intenção não é necessariamente construir um lar, mas sim satisfazer uma ambição pessoal na qual o(a) parceiro(a) é apenas um meio para chegar à um fim desejado, o futuro deste tipo de relacionamento está fadado ao insucesso, à dor e à magoa, assim como, a pessoa que foi traída, poderá criar indesejáveis e tortuosas percepções sobre a beleza que deveria ser um relacionamento e, portanto, a pessoa que, deliberadamente, utiliza-se de um relacionamento para satisfazer uma ambição pessoal, está cometendo um errôneo e despicativo ato.

    Assim sendo, considerando que existe uma mútua honestidade no desejo de construir um venerável castelo matrimonial, sempre e quando o homem e a mulher, abdicarem paulatinamente de suas conquistadas liberdades e, consequentemente, minimizarem a ênfase de suas próprias individualidades em prol do relacionamento, ou seja, aumentarem suas tolerâncias com relação às diversidades individuais, a probabilidade de que o casamento será mais construtivo, benéfico e prazeroso é inexprimivelmente maior.

    Então, quando a volição de, ainda que vez que outra, ambos abdicarem de seus limitados sensos de auto-afirmação individuais em benefício do majestoso casamento, inevitavelmente, o número de divórcios e, como resultado, de pessoas tristes, machucadas e amarguradas por terem vivido uma nefasta relação, diminuirá em qualquer lugar.

    Portanto, utilize o relacionamento para viver mais em comunidade do que em individualidade, para ceder mais do que impor, para contribuir mais do que consumir, para amar mais do que ser amado e para agradecer mais do que pedir, pois quando tão auspicioso barco navegar pelo oceano do casamento, a ilha do divórcio nem aparecerá no mapa de navegação de tão afortunado casal.

    Desta maneira, que a vida seja uma augusta senda onde o entendimento do vosso relacionamento, o esforço mútuo para tornar o casamento construtivo e o carinho para entender o seu(ua) companheiro(a) permeiem cada passo da caminhada. (Tadany)


    PS: Para citar este Pensamento da Semana®:
    Cargnin dos Santos, Tadany. Divórcio. Algumas Evidências!. www.tadany.com ®


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