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Sobre o medo



  • Sobre o medo | 30/09/2011


    Quando cuidadosamente analisado, o medo é um dos mais falaciosos, enganosos e inúteis sentimentos que um ser humano pode ter, pois ele é, quando validado, uma feroz armadilha que possui a capacidade de aprisionar, ou impossibilitar, a volição humana principalmente nos momentos em que ela é extremamente necessária.

    A maioria dos seres humanos, frequentemente por medo, abdicam de tentativas, ou ações, que poderiam conduzí-los a patamares mais auspiciosos, admiráveis e livres em suas vidas, tanto no aspecto relacional quanto intelectual ou profissional, ou seja, pelo simples medo de falhar, de não sentir-se qualificado, de valorizar-se, de esquecer o que deve ser dito ou feito, de não ter coragem para seguir adiante, de não ter disciplina para persistir, de receber críticas, de não ser amado, de não atrair o resultado esperado e assim por diante numa infinidade de impossibilidades maquinadas pela mente, as pessoas acabam desistindo antes de tentar ou, por outro lado, procrastinando até o momento onde o medo já desapareceu, mas, no entanto, foi substituído pela crença na impossibilidade daquilo que algum dia foi possível.

    Ademais, outros sub-efeitos do medo, quando legitimado, é a veracidade de que ele gera atitudes de inanição, procrastinação, desvalorização, fraqueza, descrença, tensão, censura e condenação na mente das pessoas.

    Então, é importante analisar, como o medo tem suas premissas validadas pelas pessoas?

    Uma das magias da vida é o nascimento de um bebê, pois o mesmo é considerado uma obra perfeita, doce e graciosa que embeleza o quotidiano da família, ou seja, para um bebê é desnecessário qualquer esforço para ser o centro das atenções, mesmo dormindo eles despertam admiração nas pessoas e, talvez inconscientemente, eles sabem disso, pois, a todo o momento, eles estão demandando atenção total dos pais e, em dado caso que isto não aconteça, por meio do choro, efetivamente eles se fazem notar.

    Depois, quando os bebês iniciam sua jornada de independência por meio dos primeiros passos, a liberdade, a coragem e a curiosidade fazem parte de suas buscas e experiências, isto é, até então, inexistia alguma força cerceadora de suas possibilidades. No entanto, a partir de certo momento, entram pais, familiares e sociedade que, infelizmente, possuem um condicionamento limitado e que, mesmo sem pensar, iniciam um processo sem misericórdia de implementação do medo no inconsciente das crianças por meio de frases como "não faça isto que é perigoso", "se você fizer isto o bicho-papão virá te pegar", "não tente isto porque teu pai(ou mãe) não gosta, ou ficará brabo(a)", "se você não me ouvir o papai do céu irá te castigar", etc.etc.etc..

    Então, aquela criança que antes era audaz, intrépida e inocente, por respeito e ignorância, começa a acreditar naquilo que os adultos lhe impõem errônea e frequentemente até o momento em que, inconscientemente, aquela lavagem cerebral torna-se realidade e, como resultado, o medo nasce na mente das pessoas.

    Então, para alguém que já foi exposto a tais condicionamentos, como é possível entender as falaciosas e efêmeras raízes do medo?

    Em primeiro plano, é de vital importância entender que se o medo fosse natural, todos os bebês e, consequentemente, todos os seres humanos seriam naturalmente medrosos, o que é uma inverdade.

    Depois, mesmo que existam acontecimentos indesejáveis, funestos ou perigosos, isto não significa que eles devam despertar medo, pois as ocorrências são fatos, e fatos devem ser analisados e lidados da melhor maneira que cada pessoa puder. Por exemplo, que uma picada de aranha pode ser danosa, ou fatal, é um fato, mas isto não significa que aversão, ou medo, às aranhas deva ser incitado na mente das crianças, apenas o ensinamento é suficiente para que as crianças e pessoas tenham certo cuidado.

    Ademais, mesmo que o medo já faça parte do quotidiano de uma pessoa, ele é apenas uma concepção baseada em exposição a condicionamentos passados, ou seja, o medo é nada mais do que um pensamento e, como um pensamento, ele não possui longevidade, nem poder temporário, isto é, ele vem e vai como todos os pensamentos e, portanto, pode ser amavelmente dilacerado do consciente humano por meio de um trabalho de desvalidação das premissas que o criaram.

    Assim sendo, quando uma pessoa entende a enganosa, efêmera e nociva realidade sobre o medo, ela claramente principia um magnânimo processo de remoção de tais sentimentos em sua vida e, como consequência, uma nova e vivificante aurora de coragem, perseverança e destreza abrilhanta o amanhecer pessoal de que cada indivíduo. (Tadany)

    PS: Para citar este texto:
    Cargnin dos Santos, Tadany. Sobre o medo. www.tadany.org ®

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