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CHICO XAVIER FRAGMENTOS DE UMA VIDA
Renascer... eis a vida, o progresso incessante, o eterno evoluir, eis a lei do Criador! Eis do Mestre JESUS, como luz rutilante o ensino imortal no evangelho do amor. Renascer... eis lei imutável, constante, pela qual nosso "eu" no cadinho da dor, em sublime ascensão pela luz deslumbrante, subirá para DEUS, nosso Pai e Senhor..." Escrito em 1929 por Chico Xavier Desde os 8 anos Chico trabalhava para ajudar no sustento da família e poucas foram as horas vagas para devotar-se ao Espiritismo. Foi operário em uma fábrica de tecidos, trabalhou como servente de fiação, servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha, caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e, finalmente, inspetor agrícola. O emprego de servente de cozinha fez nascer em Chico o hábito de preparar suas próprias refeições. A CONFUSÃO DO NOME
Chico Xavier, ao ingressar para o serviço público como inspetor agrícola, precisou providenciar seus documentos pessoais. Junto com seu pai dirigiu-se ao cartório da cidade a fim de obter a sua certidão de nascimento. Qual não foi a surpresa de ambos, quando o funcionário do cartório não conseguiu encontrar ali o seu registro. Após várias horas de busca deparam-se com outras surpresas: o filho do Sr João Cândido Xavier ali registrado era Francisco de Paula Cândido, nascido a 2 de abril de 1910, quando o correto seria: Francisco Cândido Xavier, nascido em 2 de abril de 1911. Como não havia tempo para modificação naquele momento, seu nome assim permaneceu até 1965. Coube ao Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara de Uberaba, Dr Fábio Teixeira Rodrigues Chaves, retificar por sentença o seu nome, passando então a usar aquele que o tornara conhecido através das suas atividades mediúnicas. Portanto, para sanar qualquer dúvida, funcionário público, hoje aposentado do Ministério da Agricultura, é o Sr Francisco de Paula Cândido. Francisco Cândido Xavier nunca existiu no quadro de funcionários desse Ministério, pelo menos até 1965. Refletindo sobre tal confusão, após algum tempo, o pai de Chico lembrou-se de que havia solicitado a um amigo para que fosse em seu lugar efetuar o registro de seu filho. Esse amigo, ao chegar ao cartório lembrou-se de que o dia 2 de abril era, segundo o calendário católico, consagrado a São Francisco de Paula. Foi então que decidiu registrar o menino como Francisco de Paula, completando com o primeiro sobrenome, Cândido, ao invés de Xavier. OS TRÊS PERÍODOS DE VIDA MEDIÚNICA Mesmo sem tempo, Chico conseguiu desenvolver-se mediunicamente com a colaboração do casal Perácio. Em 1934, quando o casal transferiu-se para Belo Horizonte, a presidência do centro espírita de Pedro Leopoldo foi entregue a José Cândido Xavier, irmão de Chico. "Tive três períodos distintos em minha vida mediúnica", relata Chico Xavier, no início de Parnazo. "O primeiro, de completa incompreensão para mim, é aquele dos 5 anos de idade, quando via minha mãe proteger-me, até aos dezessete anos, quando a doutrina espírita penetrou em nossa casa. O segundo, de 1928 a 1931, no qual psicografei centenas de mensagens que os benfeitores espirituais, mais tarde, determinariam que fossem inutilizadas, porque em suas opiniões essas mensagens eram apenas esboços e exercícios. O terceiro período começou com a presença do nosso abnegado Emmanuel, que, em 1931, assumiu o encargo de orientar todas as atividades mediúnicas até agora". A VIDA PREGRESSA DE EMMANUEL Após inúmeros contatos com Emmanuel, Chico conseguiu saber algo sobre a vida pregressa do espírito benfeitor: ele esteve na pele de um senador Romano da Judéia, Publius Lentulus, casado com Lívia, com quem teve uma filha de nome Flávia. Sua vida era cercada de luxo e ostentação, totalmente devotada ao imperador César, enquanto que Lívia dedicou sua vida a DEUS. Presenciou da arquibancada de honra do Circo Máximo, a execução da mulher que amava e que se convertera ao cristianismo, sem manifestar qualquer reação que impedisse a ocorrência funesta. (Livro Há 2000 Anos) Desencarnou tragicamente, no ano de 79, em Pompéia, quando da erupção do Vesúvio. Anos mais tarde, reencarnou como Nestório, negro de grande cultura. Foi feito escravo pelos romanos e comprado por uma família nobre de Roma que o aproveitou como professor. Cristão desde a juventude, foi um dos assistentes das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista em Efeso. Freqüentava as reuniões nas catacumbas e, certa noite, na ausência do pregador Policarpo, substitui-o encaminhando a palestra. Após belíssimos ensinamentos, ele e todos os que o ouviram, foram presos e condenados a morrer a flechadas e a serem devorados pelas feras no Circo Máximo. A mais recente reencarnação de Emmanuel teria sido como o Padre Manuel da Nóbrega, primeiro apóstolo do Brasil. Nasceu em Sanfins, Portugal, em 18 de outubro de 1517 e desencarnou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, por ele mesmo construído, no ano de 1570, no mesmo dia e mês de seu nascimento, contando com 53 anos de idade sendo a tuberculose a causa de sua morte. Mesmo sentindo que Chico estava preparado para receber mensagens psicografadas, Emmanuel impôs uma condição básica para trabalhar ao seu lado: que o médium seguisse, acima de tudo, os ensinamentos de Hippolyte Léon Denizard Rivail, cognominado Allan kardec (03/10/1804 - 31/03/1869). A orientação é seguida à risca . Chico se limitou a aprender e a transmitir os ensinamentos codificados por Kardec. A humildade é sempre presente nas atitudes de Chico, que revela aversão à idolatria e à tentativa de alguns que desejam mistificá-lo. A VIAGEM A BELO HORIZONTE Em janeiro de 1933, Chico trabalhava no armazém de José Felizardo Sobrinho como balconista, recebendo quarenta cruzeiros mensais. O amigo José Álvaro, poeta e escritor, propôs-se a levá-lo para a capital mineira em busca de um melhor salário. João Cândido seu pai, ficou entusiasmado e incentivou o filho a aceitar a proposta. Chico, defrontando-se com o dilema, consultou Emmanuel que lhe disse achar inoportuna a viagem, mas aconselhou-o a não desobedecer ao pai. Assim, ele resolveu viajar após conseguir uma licença no armazém. Diante de um novo mundo em Belo Horizonte, onde participava de convenções literárias e recebia visitas de todos os tipos, Chico teve seu primeiro contato com a fama, pois todos queriam conhecer o autor do Parnazo. Durante três meses, ele permaneceu em Belo Horizonte, mas as agitações e os elogios não foram suficientes para fazê-lo perder a humildade. Regressou a Pedro Leopoldo retomando suas atividades no armazém do senhor Felizardo.
A Terceira Etapa Concluída...
Beijos, Cida St!!!
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